Não consigo mais viver de ilusões,
Sonhar que te tenho.
Se eu ao menos soubesse quem és.
Se conhecesse teu rosto, teu espelho,
Se soubesse como é a tua voz. A teus pés,
A teus pés juraria tudo o que quisesses.
Mas não, tu não existes, e eu sim.
Tantos são já os anos que te procuro
Que julgo estar a chegar a um fim,
A derrota do meu futuro
De tudo o que existia em mim.
Noite e dia imagino romances,
Agarrado à minha almofada.
Sou uma formiga no meio de elefantes,
Constantemente a ser pisada.
E tu não vens, e Eu enlouqueço,
Preciso tanto de ti,
Será que não te mereço?
Será que o bastante ainda não sofri?
Já não sei a que Deus peço,
Nem sei se só morrerei,
Pois já perdi o endereço
Da vida que vivi,
E agora lento envelheço
Num banho de dor sem ti
Que nem sei se És ou existes.
A rapariga dos meus sonhos.
Nunca te vi, nunca me viste!
06/07/1999 C: 10:43 h ; A: 11:00 h
Sem comentários:
Enviar um comentário