segunda-feira, 14 de julho de 2008

Diferente

Não sei se é sonho

Se fantasia.

Aos meus olhos o mundo é medonho,

O mundo dos doutores e da filosofia.

Porque são todos tão iguais

E eu tão diferente.

Porque proliferam animais

E não gente decente.

Como é possível viver onde

Ninguém gosta de nós

E todos nos enganem. Crescer

Destino tão atroz.

Ser discriminado, marginalizado,

Pensar que se tem voz

E não ser mais do que apenas um atado

Louco e mal tratado

Por todos os que o rodeiam.

Ser odiado; amado; não!!! Nada! Nada!

Ser apenas tomado como um numero,

Uma aberração um energúmeno.

Não ser nada, nada para ninguém,

Uma aberração, um rei.

Nada, nada para ninguém.

É ser, é ter a chama da vida

E ninguém que a saiba acender.

É ter amor e ninguém para amar,

É ser Eu; a poeira intemporal;

Sou um grão nessa poeira.

Quer seja Eu, alguém, bem ou mal

Haverá sempre esta angustia em mim

De caminhar só, e só para o fim.


06/03/1999  1:28 h am

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