Não sei se é sonho
Se fantasia.
Aos meus olhos o mundo é medonho,
O mundo dos doutores e da filosofia.
Porque são todos tão iguais
E eu tão diferente.
Porque proliferam animais
E não gente decente.
Como é possível viver onde
Ninguém gosta de nós
E todos nos enganem. Crescer
Destino tão atroz.
Ser discriminado, marginalizado,
Pensar que se tem voz
E não ser mais do que apenas um atado
Louco e mal tratado
Por todos os que o rodeiam.
Ser odiado; amado; não!!! Nada! Nada!
Ser apenas tomado como um numero,
Uma aberração um energúmeno.
Não ser nada, nada para ninguém,
Uma aberração, um rei.
Nada, nada para ninguém.
É ser, é ter a chama da vida
E ninguém que a saiba acender.
É ter amor e ninguém para amar,
É ser Eu; a poeira intemporal;
Sou um grão nessa poeira.
Quer seja Eu, alguém, bem ou mal
Haverá sempre esta angustia em mim
De caminhar só, e só para o fim.
06/03/1999 1:28 h am
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