segunda-feira, 14 de julho de 2008

Cansaço

Que cansaço este

Me faz chorar.

Dor incessante

Que parece não doer.

Alucinação vertiginante

Que insiste em não morrer.

Quem? Quem? O quê?

Onde? Onde estou?

Eu sei. Mas tenho medo de descobrir.

Tudo me dói,

Quero, só dormir!

Dormir um ano, dois,

E acordar num estábulo de bois

Não sei? Não. Já não!

Já não sei o que quero ao certo,

Tudo é tão fero

Neste mundo tão incerto.

Nada me preocupa senão escrever.

Não! Não me venham com estéticas

Ou ciências. Só quero saber das dialécticas

E das vivências.

Ou talvez não.

Não sei.

A aparência não interessa,

Mas interessa tanto.

A vida é um mar

E o mar um pranto.

Tudo o que eu queria

É tudo quanto

Tu anseias. Ser feliz,

Ter um manto.


22/04/1999 C: 8:40 h; A: 9:00 h

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