segunda-feira, 14 de julho de 2008

Existência caótica

Tensão;  nervos; ansiedade,

São estas as palavras

Que caracterizam a minha mocidade.

Mas à tantas outras:

Desilusão; dor; desprezo,

E ainda assim são poucas:

Humilhação;  angustia; infelicidade; falta de amor próprio

Destroi tudo; torna-me caótico.

Não! Não sou Eu este que conheço

Porque esta vida não mereço.

Devo ser mau, ruim, muito mau mesmo

Para merecer o que me acontece.

É ele. O que em mim habita que o merece.

Não sou Eu, é ele, são eles

Todos aqueles que em mim vivem.

Tirem-nos! Tirem-no de mim.

Deixem-me viver, só Eu, só assim.

Deixem-me ter uma personalidade própria,

A ignorância do que é Ser.

Acabem com esta existência caótica

Deixem-me viver!


25/06/1999 C: 16:30 h; A: 16:44 h

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