sexta-feira, 11 de julho de 2008

Sociedade

Silencio ensurdecedor

Que me enlouqueces,

Causas em mim tanta dor

Porque não desapareces?

Vida que triste continuas,

Persistente insanidade,

As mazelas são tuas

Porque me massacras, cidade?

Por entre vielas e ruas

Vejo o que ninguém quer ver,

As tuas crianças nuas

De vontade de viver.

Triste ambição,

Triste miséria.

Droga e corrupção

Piores que doença venérea.

Comandada pelos corruptos

Lideres e astutos,

Imperáveis pelo povo.

Para eles somos putos

Os peões do seu jogo.

Ao passo que os nossos filhos

São o logro, um punhado de tostões

Sacrificáveis vidas

Alimentadoras de patrões.

Números de estatística

Dinheiro para os foliões.

Quem rouba é ladrão

Quem mata, assassino

Mas quem trafica é o patrão,

O criminoso genuíno.


29/07/1998  11:56 h

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