sexta-feira, 11 de julho de 2008

O velho das barbas brancas

Trocaste-me as voltas,

Criaste um monstro.

Curaste-me a dor,

Secaste meu rosto.

Inssaneáste-me de amor,

Curaste-me o desgosto,

Devolveste-me a vida;

Ardente fogo posto.

Em algumas más horas,

Tiraste-me a razão,

Mas devolveste-me os dogmas;

Gestores de tua nação.

Tu que és amor,

Com amor constróis,

Mas quando necessário,

Também com ele destróis.

Por favor!!.

Não destruas este amor

Que em teu seio criaste,

Não deixes levar de dor

Vida minha que recriaste.

Não! Não não não!!!.

Já demais me enganaste,

Vida minha que levaste;

Em campos de espinhos deixaste.

Sei que foi para meu bem,

A ti devo tudo quanto sei,

Quanto vivi, mas também

Quanto sofri. Sei que sei,

Agradecido. Foi para meu bem!

Mas chega! Não mais me quero aí,

Já espinho por espinho toquei!.

É tempo de aprender a bem.

Também se aprende com amor.

Não, mais tretas não!

Pouco se aprende com a dor;

Nada mais do que ser um cão,

Um viver de predador,

Nariz pregado no chão,

Ser um jumento de amor.

Esto farto! Por favor não,

Mais dor não.

Só quero viver em paz,

Tatuar meu destino,

Fazer o que mais me apraz.

Desculpa! Sei que sou nino.

Insolente não quero parecer,

Mal agradecido, muito menos,

Mas acho que já é tempo de parar,

Já não sou um daqueles bebes pequenos.

Para sempre ei de te amar,

Cada vez mais, nunca menos!!

Mas deixa-me ser feliz,

Deixa-me viver sem medos.

Só quero amar, viver feliz,

Sem enganos, nem enredos,

E encontrar a paz que diz:

“Descansai lá, nos céus eternos”. 


22:50  06/10/1997

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