Finalmente encontrei
Um sitio onde posso ser feliz
Já que ninguém me quer,
Já que ninguém me quis.
Até os meus próprios pais
Me deixam infeliz,
Ao tentarem fazer-me feliz,
Não gostam de como me visto,
Não gostam daquilo e disto,
Mas eu amo-os de mais,
Para tentar mudar o disco.
Deixa-lo tocar em quanto viver,
Pois ele á de mudar ao envelhecer.
Não quero guerras, odeio conflitos,
Só quero o amor da milha família,
Pois em outros já não acredito.
O meu fado sei qual é :
Viver isolado num sopé,
Numa serra, numa montanha,
Ficar á espera da gadanha
Que trás ao ombro a ceifeirinha ,
Para ceifar a vida minha.
Ceifeirinha quem és tu
Morte nome pérfido,
Usa o eufemismo,
E vais a caminho do céu eclésico.
Ó ceifeirinha, ceifeirinha!
Já levas-te tantas, porque não a minha.
Não ou talvez sim, deixa-me viver a vida,
Pois ela ainda é minha,
Ainda não te pertence a ti.
11:00 25/08/1997 Escadas da igreja de Mareco
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