segunda-feira, 14 de julho de 2008

Ricardo Reis e o 6,6,6,

Ricardo Reis e o 6,6,6,

Rima e fica bem.

O Ricardo é o Reis

E o 6,  6,6,6.

A vida é uma porcaria

E eu não quero saber dela.

O melhor de tudo é

O sangue jorrado nesta viela.

A chuva chove a potes,

A água não é molhada,

São estes os profundos cortes

Que emergem na minha estrada.

A velocidade é 2,6,6,

A estrada 6,6 é,

Trago ao lado o 6,6,6,

E uma merda de uma fé.

Vou torto, no meu caminho direito,

Vou morto, sempre a eito.

Sou fogo no teu leito

Desidratado por efeito.

Sou cor, som e cheiro,

Ódio, amor e Caeiro.

Sou uma merda de um todo

Que não sabe viver pelo seu peito.

Sou um pensamento universal

Senhor por direito.

Sou a fome de um chacal,

Do Egipto senhor e escaravelho.

Tenho tudo num sonho

Que sonho ter,

Sonhei que morro,

Mas já não sei viver.

Já não me apetece fazer nada,

Merda para a puta da estrada.

Grito e ninguém me ouve,

Tudo para a merda

E merda para tudo,

Foda-se; caralho.

Não vivo!! Estudo


12/03/1999  18:45 h

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