sexta-feira, 11 de julho de 2008

Caminhando

Agora andando vou escrevendo,

Rumo a casa a regressar.

Na travessa da igreja estou agora a passar.

A noite está fria húmida,

E os cães não param de ladrar.

Mais uma palheira,

E já estou na rua da carreira.

A meio da estrada, lá vou eu,

Por entre a calçada,

Chego á rua do Baganheiro,

E começo a descer.


Já estou em casa.

Mas não pensem que

Esta história vou deixar

Por narrar.

Olhei para a placa,

Vi o nome da rua,

Apontei no poema,

Mas andava com a cabeça na lua.

Olho para o chão, olho para a frente,

Quando entre a garagem e o muro,

Um vulto vejo de repente.

Parei, Olhei, era o meu pai,

Que me vinha chamar para ir deitar.

Fui rua abaixo,

Pelos portões verdes entrei,

As escadas subi e á mesa me sentei.

Agora com todos deitados,

Eu na cama esta história acabo.

Tenho muita pena,

Mas o circuito fechado

Vou ter de abrir, para a luz apagar

Para eu ir dormir.

Foi mais uma noite passada,

Mais um dia a sorrir.

Agora adeus a todos,

Tenho mesmo de ir.


23:45  25/08/1997 Mareco

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