Morte, desculpa!
Mas vou-te virar costas.
Não achas que já sofri demais?
Que já passei para além das marcas?
Não será tempo de começar a viver?
Não sei o que pensas,
Mas é isso que eu vou fazer.
As utopias que em mim viviam,
Eram apenas ofensas,
A mim mesmo apontadas,
Prontas a destruir minha vida.
Contra mim revoltadas.
Estou farto de sonhar,
De destruir a minha vida,
Já é tempo de começar
A sarar, ferida, por ferida,
De encarar a realidade,
E de viver a vida.
À dois anos atrás,
Levantei mãos aos céus,
Pedi alguém para amar!
Mas que erro cometi,
Não pedi que ela me amasse a mim.
Mas, foi bom, sofri e amadureci.
Restabelecido e arrependido,
Com eloquência pedi;
Amor, que me amasse a mim!!
Depois de tudo o que aconteceu,
Nunca pensei ser possível,
Mas parece que Alguém lá no Céu,
Este sonho me tornou acessível.
Só tenho pena te toda a vida,
Um burro ter sido, mas valeu a pena
Em miséria ter vivido,
Pois agora calejado pela vida,
Posso usar tudo o que tenho aprendido:
A ser mais frágil que uma rosa,
Fazer o mais doce carinho,
Dóceis palavras pronunciar.
Não mais! Me sentirei sozinho!.
23:57 4/10/1997
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