segunda-feira, 14 de julho de 2008

Falsas promessas

Onde estou eu?

E quem és tu?

Que vens de lá do fundo

Com promessa de fim do mundo.

Em teus escritos prometes:

A humanidade vai acabar.

Mas acho que o que dissestes

Foi só para me enganar!

Como queres que eu viva neste mundo

Que mais parece uma bola podre em decomposição.

E mentiste-me! Tu, que vens de lá do fundo.

Como queres agora que beije teu chão?

Como queres que respeite teus filhos?

Aquele primor da criação,

Que mais parecem ratos nos ninhos

Em plena procriação.

E agora diz-me!

Como queres que respeite o que eles são?

Sim, eles! Esses puros deuses da fornicação.

Como queres que respeite eu,

Seres piores que animais,

Se o que tenho nem é meu.

Os sentimentos são fatais.

Tira-me, tira-me deste mundo tirano,

Tu que me fizeste humano, insano.

Tira-me desta horrível podridão1

Ou então, cala meu coração.


13:/30  24/11/99  Metro

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