Penso no fardo que carrego,
Na dor que me impede de ser feliz.
Penso e choro.
Tudo o que eu tenho, nunca quis,
E perante teu olhar coro.
Mas pergunto! Porque me fizeste assim?
Porque não fazes parar a dor?
Se pois a vida que à em mim
Não passa de um aglomerado
De tecidos, células, oxigénio e sangue.
Eu vejo nos outros beleza e vivacidade,
E em mim, soturno e langue
A dor de uma nunca vivida mocidade.
Porquê? Porquê?
16/12/1998 9:00 h
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