segunda-feira, 14 de julho de 2008

Penso!

Penso no fardo que carrego,

Na dor que me impede de ser feliz.

Penso e choro.

Tudo o que eu tenho, nunca quis,

E perante teu olhar coro.

Mas pergunto! Porque me fizeste assim?

Porque não fazes parar a dor?

Se pois a vida que à em mim

Não passa de um aglomerado

De tecidos, células, oxigénio e sangue.

Eu vejo nos outros beleza e vivacidade,

E em mim, soturno e langue

A dor de uma nunca vivida mocidade.

Porquê? Porquê?


16/12/1998  9:00 h

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