Estou farto da escola
E dos seus professores
Cheios de ares superiores.
E os alunos
Que se acham muito bons,
Mas não passam de uns gatunos
De chupa-chupas e bombons.
Vegetais mecânicos,
Trogloditas anormais,
Temem versos satânicos
Mas designam-se animais.
Pobres crianças assustadas
Com as suas musicas mecânicas
Pelos cantos lá vão aparecendo embriagados ,
Cómicos e ebrirridentes
Vomitando as próprias goelas,
E a dizer estridentemente:
• Somos reis das ruas e vielas.
Por favor! Não me façam rir mais,
Vós que sois reis e animais
Matai-vos, pois sois demais.
E eu no meu canto escuro
E bolorento.
Com paredes de sangue
Que traz o vento.
Gelo ao olhar o tecto
E lamento.
Tu que guias-te Camões ao mar
Guia-me a mim pelo tempo.
E traz-me a infância,
Que nunca pude recordar.
09/12/1998 C: 20:08 h; A: 21:08 h
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