O primeiro, o meu primeiro exame.
Calha bem é de português,
Frei Luís e Cesario, Que enxame!
Autores só quero três
Pessoa, Caeiro e Campos,
E este ultimo que sou eu,
A antevisão da minha pessoa por Fernando.
Tenho mais meia hora
Sentado entre desconhecidos,
Vou escrever o que me vai na alma,
Pois os meus sentidos de estudar estão desfavorecidos
Em prole de uma ambição, vida calma.
Tenho bem atentos os meus sentidos,
Atentos ao que me vai na alma,
Queria descobrir o que sou e não quem
Pois já me conheço. Conheço?
Bem quero ser feliz mas, não consigo.
Tudo em mim é controverso.
Porquê, porque tenho este castigo?
A minha vida é o verso
O meu bem o inimigo.
O que sou é disperso,
Varias entidades abrigo.
Não consigo escolher profissão
Sou tudo um pouco,
Grito quando estou rouco.
Sou feliz na minha infelicidade,
Caminho para um fim.
E fechado nesta cidade
Fecho também os olhos
Já à muito cegos de atrocidade,
Neste mundo fora de mim.
Nesta de enganos sociedade.
17/06/1999 C: 10:30 h; A: 10 :46 h
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