segunda-feira, 14 de julho de 2008

Declinio

Procuro o nexo das coisas

Mas... O que acho?

Procuro incessante,

Esse olímpico facho.

Neste mundo onde estou

Procuro, tudo aquilo que sou,

Sou mudo. Tenho a vontade de estar

Em lugares que não existem,

Nesse algo sem par,

De memórias que persistem.

Vivo em palácios de betão,

Filtros da realidade,

Os seus filhos são:

Ratos de mera nesciedade.

Que ignorância é esta

Que se abateu sobre meu o povo,

A vida deixou de ser uma festa 

Para ser um jogo!

E eu preso no vosso mundo

Sem poder para o alterar,

Vejo-vos cair cada vez mais fundo

Sem vos poder agarrar.

Vejo o mundo para as trevas a caminhar,

Eu quero, e tento, tento!

Mas não vos consigo salvar,

De um caminho tão lento

De morrer e matar.

Mas não! Vocês não querem ser salvos,

Vocês recusam-se! Preferem continuar

Ignorantes, distraídos com jogos estúpidos,

Televisão, futebois, mercados de consumo!!!

Onde chegas-te!

Onde chegas-te meu mundo!


11/99

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