sexta-feira, 11 de julho de 2008

Estranheza

Passo os dias na solidão

De saber o que é estar só.

E tenho a leve impressão

De ser pedra, de ser pó.

Sou levado á ilusão

De sonhar que não estou só

Numa lenta degradação

Como a dum moinho mó.

Passo dias a pensar

Noites a delirar,

Tudo é tão triste,

Já para mim nada existe.

Vivo por viver

Sem ter medo de morrer,

Mas já só por não querer

Que a minha perda faça sofrer.

Pois quem me ama tem o direito

De feliz pensar me ver


29/07/1998  11:21 h

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