sexta-feira, 11 de julho de 2008

CAMÕES

Companheiro desta cruzada

Antitéctica e quiproquotica

Mostras-te ao mundo a nossa amada

Onda de calor estéreotiponica

E depois a mal fadada

Sede de vida nipónica.


Caminhas-te sobre as brasas

Ateaste o fogo ardente

Mas tropeças-te nas escadas

Onde passa toda a gente

E os poemas que cantavas

Só agora nos fazem frente.


Calcetando a vida, pedra-a-pedra

A argamassa faltou

Mas é por isso que é uma merda

O mundo onde estuo

E pó ao pó, terra à terra

Só a esperança ficou


Caminho por entre as sombras

Ando, grito e evaporo

Mato, vivo e exploro

Onde já as portas estão rombas

E estes olhos com que choro

São mais pacíficos que as próprias pombas.


13/02/1998  21:50h 

(na vertical lê-se CAMOES)

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