Companheiro desta cruzada
Antitéctica e quiproquotica
Mostras-te ao mundo a nossa amada
Onda de calor estéreotiponica
E depois a mal fadada
Sede de vida nipónica.
Caminhas-te sobre as brasas
Ateaste o fogo ardente
Mas tropeças-te nas escadas
Onde passa toda a gente
E os poemas que cantavas
Só agora nos fazem frente.
Calcetando a vida, pedra-a-pedra
A argamassa faltou
Mas é por isso que é uma merda
O mundo onde estuo
E pó ao pó, terra à terra
Só a esperança ficou
Caminho por entre as sombras
Ando, grito e evaporo
Mato, vivo e exploro
Onde já as portas estão rombas
E estes olhos com que choro
São mais pacíficos que as próprias pombas.
13/02/1998 21:50h
(na vertical lê-se CAMOES)
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