Infortuna sorte
De quem não sabe viver.
Desejo a morte
Para quem está a escrever.
Nasci em vão
Para em vão escrever.
Mas os meus desejos são
Apenas morrer.
A vida core num passo lento
Enquanto a alma morre
E eu tento
Viver, mas não consigo.
Pois já à muito tempo
Que acabei comigo.
Dei-me ao vento,
E suicídio psicológico cometi.
Agora a carne já não vive,
Não sem ti.
Sou apenas um bocado de carne
Ambulante e não pensante,
Sonho poder sonhar,
Sonho morrer
E sonho ficar.
Sonho não crescer
E jovem continuar.
Mas o que mais me esta a apetecer
É a tenra idade voltar.
Sonho viver
Sonho ficar.
Mas quero morrer
Para não mais chorar.
Não pedi para nascer
Nem para viver.
Mas se cá estou.
Porque não me deixam morrer.
Por favor! Quero paz.
Não sei crescer
Não sou capaz.
Já fui velho e jovem
Mas só pergunto:
Porque a mocidade não me devolvem?
E enquanto vocês se decidem
Se morrem ou se vivem.
A insanidade toma posse de min
Numa alucinante vertigem.
13/03/1998
C 8:40 h A 9:20 h
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