Quatro, à já quatro noites
Que tento escrever,
E enquanto penso
A tendência é para adormecer.
Mas esta é a ultima,
E por ela dentro está a acontecer,
Aquilo que faz mover um poeta
A escrever o seu viver.
Tenho as malas prontas
E a trouxa ensacada,
Tudo dentro do carro
Pronto para a jornada.
O suporte já está posto,
As bicicletas montam-se amanhã,
Antes da grande caminhada
Até à minha terra mamã.
Estou aqui no alto da serra
Com paisagens de extasiar,
Mas não consigo esquecer a minha terra
Essa Lisboa junto ao mar.
Tenho paz e liberdade
À luz da Lua e do Sol,
Mas não consigo esquecer essa cidade
De tradição, amigos e rock’n roll.
Sinto-me um antónimo de Cesario
Na pele de um Caeiro,
Quem sabe um pouco de Campos,
Quem sabe, o mundo inteiro.
Que saudades tenho de lá!
Que saudades lá terei daqui!
Ao cantar este fa
Dó, lá, na cidade onde nasci.
Por mim ficava aqui a noite inteira,
Mas tenho que madrugar ás seis
E penso que já passa da uma e meia
Portanto adeus meus reis!
O relógio está a bater as duas
Pelo que já só faltam quatro até ás seis.
Despeço-me então das minhas Luas,
E de vós, meus leitores, meus reis.
No meu quarto em Mareco
28/08/1999 C: 1:00 H; A: 2:00 h am
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