segunda-feira, 14 de julho de 2008

Insistência

Quatro, à já quatro noites

Que tento escrever,

E enquanto penso

A tendência é para adormecer.

Mas esta é a ultima,

E por ela dentro está a acontecer,

Aquilo que faz mover um poeta

A escrever o seu viver.

Tenho as malas prontas

E a trouxa ensacada,

Tudo dentro do carro

Pronto para a jornada.

O suporte já está posto,

As bicicletas montam-se amanhã,

Antes da grande caminhada

Até à minha terra mamã.

Estou aqui no alto da serra

Com paisagens de extasiar,

Mas não consigo esquecer a minha terra

Essa Lisboa junto ao mar.

Tenho paz e liberdade

À luz da Lua e do Sol,

Mas não consigo esquecer essa cidade

De tradição, amigos e rock’n roll.

Sinto-me um antónimo de Cesario

Na pele de um Caeiro,

Quem sabe um pouco de Campos,

Quem sabe, o mundo inteiro.

Que saudades tenho de lá!

Que saudades lá terei daqui!

Ao cantar este fa

Dó, lá, na cidade onde nasci.

Por mim ficava aqui a noite inteira,

Mas tenho que madrugar ás seis

E penso que já passa da uma e meia

Portanto adeus meus reis!

O relógio está a bater as duas

Pelo que já só faltam quatro até ás seis.

Despeço-me então das minhas Luas,

E de vós, meus leitores, meus reis.


No meu quarto em Mareco

28/08/1999  C: 1:00 H; A: 2:00 h am

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