segunda-feira, 14 de julho de 2008

FIngimento ou realidade!

Feliz! Porquê?

Porque é que até

Nos momentos mais felizes

Estou sempre triste.

Porque é que um sorriso nunca é puro

E a minha alma sempre desiste.

Quero chorar, mas não consigo.

Insanidade esta que não desiste!

Porque é que eu me preocupo em escrever?

Não me apetece!

E porque é que só penso em morrer?

Não é por isso que a alma esquece!

E porquê o porquê?

Porque é que eu não aceito o que sou!?

Não sei. Não sei nada,

E nada quero saber,

Só sei que é uma estrada

E que eu ainda estou a crescer.

Mas estou a crescer cansado,

Cansado de tudo o que me rodeia,

Apático, revoltado, enigmático, chateado.

Tudo. Todos os sentimentos imaginários

Vivem dentro de mim em todos os segundos,

Porque sou assim?

E porquê outra vez o porquê?

Estou tão farto de mim,

De tudo! Tudo! Cansado.

Pura e simplesmente cansado.

Tudo dentro de mim está inverso,

Mas nada esta inverso porque sou tudo,

E é talvez por isso que pareço

Um tanto ou quanto maluco.

Maluco na esperança

De esperar a perfeição

Em tudo o que acontece

Num vagabundo coração.

E é assim nesta corrida para a frente

Que sou o mais rápido

A correr para trás.

E é talvez por existir tanta gente

Que aqui o Sérgio já não sabe o que faz,

O que diz ou medita,

Mas talvez seja isso

Que torna a vida mais bonita.

Uma seca é para voz,

Todos os que lêem os meus poemas,

Pois os temas são sempre país e avós

Da dor, solidão, insanidade, e coisas terrenas.

E é por isso que hoje vou ser diferente!

Como é belo viver! Os campos, os prados,

Tudo é tão belo e natural.

O amor, o cheiro das flores.

O canto de um pardal;

Tudo é tão belo

Tão belo e natural.

Quão feliz é o som da água a correr,

A harmonia dos montes que se seguem.

Mas o melhor. O melhor

São as coisas que todos conhecem,

Aquilo a que todos se referem!


30/03/1999 Terras do Bouro 21:30 h

Sem comentários: